Resenha: Na Ilha - Tracey Garvis Graves

Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.

Editora: Intrínseca 
ISBN 978-85-8057-735-8
Ano: 2013
Pág. 288
Classificação:


                     Skoob /  Site da autora




No ano de 2001 Anna aceita trabalhar como professora particular do jovem de 16 anos T.J., um sobrevivente de um linfoma de Hodgkin, um câncer que há 3 meses estava em remissão. Essa seria uma ótima oportunidade além de viver uma aventura, também pensar sobre seu relacionamento que vinha aos poucos dando seus últimos suspiros. John era um bom homem, porém, ela estava cansada de esperar que ele tomasse uma iniciativa. Já que ela tinha 30 anos e seu desejo de ter uma família crescia a cada dia. Como ele não não se decidia, Anna aceitou essa proposta, dando assim uma oportunidade para ela repensar sobre sua vida.

Ao se despedir do John no Aeroporto, Anna sentiu que no fundo ela já sabia que o fim daquele relacionamento era inevitável. Talvez aceitar ficar uma temporada nas ilhas Maldivas não tenha sido uma má ideia.

No entanto, as coisas para Anna e T.J. começam a dar errados assim que eles chegam na Alemanha, por causa dos problemas mecânicos e principalmente o clima, eles teriam que esperar por outro voo. Após 12 horas de espera, eles embarcam novamente, mas ao chegarem em Sri Lanka, são impedidos de embarcar no Hidroavião que os levaria para a Ilha que os Pais de T.J. estavam hospedados.

Sem pensar duas vezes, Anna freta um outro Hidroavião, que logo de cara parecia velho demais para voar, além é claro do piloto Mike que não parecia muito bem. T.J. entra no avião e logo adormece, quando Anna ia fazer o mesmo, algo acontece. Ela olha para o piloto que estava se contorcendo de dor. Após isso, tudo aconteceu rápido demais, quando ela deu por si, estava acordando em uma ilha ao lado do seu aluno.

Passando o trauma da queda do avião, resta apenas a esperança de serem socorridos, no entanto, dias, meses e anos passam sem uma única ajudar aparecer. T.J. aos poucos deixa de ser um simples garoto, e se transforma em um Homem. Inicialmente Anna tenta ao máximo fechar os olhos para aquele situação. Mas ele já tinha 19 anos, e mesmo que ela seja bem mais velha que ele, ela era uma mulher feita de carne e osso. E T.J. não estava mais preocupado em esconder seus sentimentos...


Yes, yes e yes... Meu carnaval foi maravilhoso, tive muita sorte nos livros que escolhi. Na ilha é um livro perfeito, é aquele tipo de leitura que você devora em apenas um dia. O enredo é simples, mas apetitoso... Após o acidente nossos personagens são levados para uma ilha no meio do nada, e é lá que eles viverão por alguns anos. Inicialmente o leitor acompanhará a forma como eles sobreviverão em um lugar selvagem, onde eles mesmo terão que caçar, fazer fogo e conta com toda a sorte do mundo.

Aos poucos é que o sentimento vai surgindo entre eles, mas precisamente partindo do garoto T.J. Ao vê-lo crescendo e se tornando um homem Anna passa a se sentir atraída pelo rapaz. No entanto, somente após ele se tornar adulto é que ela se deixa levar por seus sentimentos e desejos.

Para alguns o enredo pode ser clichês, mas na minha opinião, eu não achei. É claro que ao longo da leitura, fiquei imaginando como toda essa história iria acabar. Até imaginei três supostos finais. Até que acertei, mas por mais que você tente imaginar, a história toma uma proporção diferente, a forma como ela acontece é que ao meu ver não tem nada de clichês, mesmo sabendo como iria terminar, adorei ler a forma como a autora escreveu o encerramento desse romance.

O livro não fala somente de duas pessoas que após um acidente passam a viverem em uma ilha deserta. Mas de uma mulher que se envolve com um rapaz 14 anos mais jovem. Em quanto estavam na ilha tudo bem, porém quando o MUNDO descobre o relacionamento entre eles, isso toma uma proporção totalmente diferente. Em vez de " sobreviventes que estavam desaparecidos por quatro anos são encontrados". Anna é taxada como " Mulher de trista e poucos anos se envolve com garoto".

A autora estar de parabéns ao escrever sobre esse TABU que ainda hoje existe na nossa sociedade. É normal um homem se envolver com uma mulher mais jovem. Mas, vai uma mulher se envolver com um homem bem mais novo, que ela é taxada e apontada na rua, e muitas vezes esse preconceito vem das próprias mulheres.

Indico muito esse livro, claro que tem alguns momentos picantes, no entanto, esse livro não é hot hot hot, entendeu? Bom, me apaixonei pela a escrita de Tracey é leve, engraçada, envolvente. Os capítulos são alternados. ou seja, um capítulo Anna e outra T.J. assim o leitor acompanhará a história pela as duas perspectiva. 

Segundo a autora Na ilha estar sendo sendo adaptado para virar filme. Pesquisei para saber se por acaso já não tenha sido lançado. No entanto, não encontrei nada. Em quanto não vai para as telinhas, vou ficar por aqui de dedos cruzados, esperando outros livros da autora serem lançados aqui no Brasil.









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