Resenha: O menino do pijama listrado - John Boyne


Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.

Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.



ISBN: 9788535923063
Editora: Cia. Das Letras
Tradução: Augusto Pacheco Calil
Páginas: 187
Ano: 2013
Classificação: 








Em uma certa tarde Bruno ao chegar em casa se depara com Maria (empregada) empacotando suas coisa. Ao vê-la  pegando suas coisas, principalmente aquelas que não era para ninguém pegar ficou nervoso e sai a procura de sua mãe. A resposta de sua mãe foi curta e grossa: Maria estava fazendo as malas dele. Toda a família iriam embora daquele casa por um tempo. Bruno tenta ao máximo saber o motivo, ele gostava daquela casa... No entanto sua mãe, apenas disse que era devido ao trabalho de seu pai. O fúria     (Adolfo Hitler) precisava dele em outro lugar.

De Berlim, Bruno se muda para um lugar que já de cara ele não gosta. O haja-vista.  Assim que Bruno chega na nova casa, ele já passa a sentir falta da casa anterior que era bem maior, tinha 5 andares, perfeita para explorar e a atual só tinha dois andares e seu aspecto era triste, Bruno passa a lembrar dos seus três amigos e como seria solitário, vivendo ali com seus pais e sua irmã Gretel ( o caso perdido).

Os dias de Bruno passa a ser solitários, a casa não era tão divertida como a outra. Outra coisa da qual ele não gostava era o entra e sai de soldados de sua casa, principalmente há de um certo tenente Kotler que fazia questão de chamá-lo de homenzinho, e claro o comportamento escandaloso que sua irmã fazia quando ele estava por perto.(primeiro amor)

Em uma de suas tardes tediosa, Bruno resolve contemplar a vista da janela. Para sua surpresa ele ver várias casas, milhares delas e havia uma cerca, separando-as do restante do terreno. Ao mostrar para sua irmã, ela apenas diz que aquela cerca era para impedir-los de entrar na casa deles.

Mesmo querendo entender, sua mente infantil não compreendia os motivos que os adultos diziam sobre aquelas pessoas, com o tempo a vontade de explorar surgiu novamente e em uma tarde resolveu explorar o local. Bruno caminhou pelo o terreno por quase uma hora, quando ele olhou para trás sua casa sumia de vista. Durante aquele tempo, ele não viu ninguém perto da cerca. Mais algumas horas depois, já triste por não ter encontrado ninguém.


Depois de andar bastante já sentindo fome, ele pensou que talvez bastasse de exploração para um dia e que seria boa ideia dar meia volta. Entretanto, bem nesse instante, um pequeno ponto apareceu na distancia [...] Porém seus pés o levavam, passo a passo, cada vez mais perto, nesse meio tempo havia se tornado uma mancha, dando forma.  E logo depois disso a forma se tornou um vulto. E então Bruno chagava mais perto, ele viu que não era nem ponto nem mancha nem forma nem vulto, e sim uma pessoa. Na verdade era um menino! (Pag 95)
Bruno encontra um menino de pijama listrado do outro lado da cerca o Shmuel. Aos poucos a amizade entre eles cresce, mesmo por ter restrições que Bruno não entendia, porém mesmo assim, eles se divertiam cada um em seu lado da cerca, cada um na sua realidade!


Um livro curtinho, menos de 200 páginas, porém com uma mensagem reflexiva. O Enredo em si não fala muito sobre a guerra, como o filme mostra. Mas, foca na amizade entre dois garotos, que teoricamente eram para serem inimigos: Um judeu e o outro alemão. Shmuel mesmo por ser mais novo de alguma forma sabia, que o pecado do seu povo era serem judeus e que isso de alguma forma despertava a ira dos soldados. Bruno, um garoto inocente, que não fazia ideia do que acontecia ao seu redor, apenas sabia que estava saindo de sua casa e indo par um lugar que não queria.

Uma amizade muito linda e de alguma forma emocionante, amei o personagem Shmuel, ele me passou uma pureza, mesmo que em algumas vezes, ele se comportava como um adulto ( o sofrimento faz isso). Bruno em alguma vezes me passou ser uma criança egoísta e mimada, mas um verdadeiro amigo.

Não amei o livro, mas também não odiei. Talvez de alguma forma eu esperava mais do livro, até porque assistir primeiro o filme e só muito tempo depois tive a oportunidade de ler o livro.  A visão do diretor é bem impactante e do autor é quase filosófica e reflexiva.

O final não é tão parecido como o do filme, e não tão emocionante. Mas gostei, no entanto achei ele muito rápido, depois fiquei sabendo que o autor escreveu o enredo em dois dias. Então deu para entender o porque do livro ter uma linguagem meio que corrida.

Fiquei um pouco aliviada, por o autor não ter direcionado o livro para um tema tão triste que é a guerra, talvez seja por isso que custei tanto a ler o livro. No geral, o livro é ótimo. Um boa opção de leitura rápida.




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